Com mais de 300 anos de idade, é natural que o piano já tenha sofrido inúmeras modificações, tentativas de inovações, testes e criação de novos tipos e modelos. No entanto, a principal característica avaliadora da qualidade do instrumento continua sendo o comprimento das cordas. Quanto maior a corda, menos grossa ela vai ser, ou seja, menos rígida e menos predisposta a causar distorções harmônicas.
Existem dois tipos de piano: os verticais e os horizontais. Nos pianos de cauda (horizontais) o tamanho das cordas é determinado pelo comprimento do instrumento, enquanto nos verticais é a altura que determina essa variável.
Devido à grande depressão de 1929, grande parte da população dos Estados Unidos encontrava-se empobrecida. Para não deixar de vender pianos, a solução encontrada pelos fabricantes foi produzir um modelo vertical, extremamente pequeno (89 a 94 cm de altura) e barato. A consequência negativa foi a perda significativa em profundidade tonal e volume sonoro. De positivo, a depender do espaço e/ou poder aquisitivo do comprador, muitas vezes o espineta era a única opção disponível no mercado que ele podia ter.
Semelhante ao espineta, mas com um formato mais retangular (95 a 99 cm de altura), o modelo possui o mesmo sistema de acionamento indireto, ou seja, tem as mesmas desvantagens do piano da década de 1930.
Com acionamento direto, este modelo ganhou popularidade desde o início do século XX, e até hoje continua sendo um dos mais vendidos. O seu tamanho (100 a 114 cm de altura) adaptável a espaços pequenos e o seu baixo custo, além do fato de não prejudicar significativamente a sensibilidade do toque e o volume sonoro, são os seus pontos fortes. No entanto, o timbre perdeu um pouco de profundidade e, devido à localização do mecanismo ser bem próxima ao teclado, a mecânica do console não oferece a mesma precisão e conforto encontrados em pianos maiores.
O nome se justifica por conta de seu uso ser, normalmente, associado a estúdios de gravação. Devido ao tamanho compacto e otimizado e ao bom desempenho acústico, pianistas de apartamento também acabam optando por este modelo, embora não seja o ideal para quem busca a máxima sonoridade possível de um piano vertical.
O modelo é um dos poucos que ultrapassam a altura de 132 cm. Com este tamanho, o piano pode proporcionar uma potência sonora muito maior que a de pianos de cauda pequena. No entanto, por ser vertical, não permite a repetição rápida da nota.
Antes do advento das gravações e do fonógrafo, a única forma de as famílias escutarem música era tendo um pianista em casa. Na falta de um músico, a opção era adquirir um piano com mecanismo eletromecânico de rolo, ou seja, que tocasse músicas previamente gravadas. A desvantagem era que, além de custar mais que os outros tipos de pianos verticais, este modelo possuía um som tremeluzente e débil.
Este modelo diferencia-se dos demais por apresentar toda a parte acústica em concomitância com a parte digital. Destinado ao nicho dos profissionais, tais pianos oferecem o recurso de reprodução automática de arquivos MIDI. A vantagem de ter um híbrido em casa é a possibilidade de tocar a qualquer hora sem incomodar vizinhos, pois basta desligar a parte acústica e plugar um fone de ouvido. A comodidade, como é de se esperar, custa caro.
O principal problema deste modelo é quanto ao seu mecanismo. Apesar de imitar bem um piano, a sensação nunca é a mesma e, para resolver este impasse, os fabricantes utilizaram a parte mecânica do piano de cauda. A vantagem dele é que, por ser digital, não precisa de afinação e proporciona a quem não dispõe de muito espaço em casa uma ambiência próxima à de um instrumento acústico.
O menor dos pianos de cauda (134 a 148 cm de comprimento). Considerado o pior instrumento da categoria, a sua única vantagem está no tamanho reduzido e no baixo custo. Fora isso, este modelo serve como uma bela peça de decoração.
Todos os pianos de cauda pequena tendem a apresentar sérios problemas, seja nos pedais, na falta de profundidade dos graves, na falta de sensibilidade do teclado, na deficiência dos agudos etc. Logo, adquirir um piano de cauda nem sempre significa estar levando qualidade para casa. A vantagem deste modelo fica no preço, bem mais em conta que os outros, e na possibilidade de ele ser instalado em ambientes menores.
Neste modelo, os problemas encontrados nos ¼ de cauda são contornados. A boa fidelidade timbrística e o razoável custo-benefício são as principais vantagens. Quanto ao seu tamanho (170 a 174 cm de comprimento), esse é um fator que impossibilita a instalação do instrumento em lugares pequenos.
Tem o tamanho ideal (175 a 199 cm de comprimento) tanto para o pianista profissional quanto para o recreativo. A desvantagem está no seu custo elevado e, por conta de seu tamanho, não dá para ser instalado em um apartamento, por exemplo.
Modelo pensado para figurar em salas pequenas de concerto. Bem construído e com os melhores projetos de escala, a desvantagem deste piano é o seu alto custo, o tamanho e a potência sonora – essa última restringe o seu uso em residências.
Conforme o seu nome indica, este modelo se destina a atender às grandes salas de concerto. Seus sons são cristalinos e puros. Sua desvantagem, obviamente, é o altíssimo custo e a sua potência sonora elevada. Se o músico instalar este instrumento em um espaço restrito, a médio prazo, correrá sérios riscos de ficar surdo.