Considerado um dos instrumentos mais clássicos do mundo da música, o piano foi inventado no século XVIII. Esse instrumento de cordas – de acordo com o sistema de classificação de Hornbostel-Sachs – é essencialmente composto por peças de madeira cobertas por feltro, ativadas assim que ocorre o toque nas teclas. Presas à estrutura do piano estão as cordas, essas últimas são as responsáveis pela produção do som que ouvimos.
Quando estudamos o período renascentista, diversos nomes são citados: Da Vinci, Médici e Galileu, por exemplo. No entanto, poucos são os que já ouviram falar de Bartolomeo Cristofori, o inventor do piano. Cristofori nasceu em 1655, na cidade de Pádua, e desde muito cedo dedicava-se à fabricação de cravos. Em 1709, o italiano começou a experimentar algumas adaptações e a esboçar um tipo de evolução para o instrumento que produzia. Surgiu então o pianoforte, que diferia do cravo basicamente no modo como era produzido o som. O mecanismo do novo instrumento, composto por martelos, substituía o sistema de cordas puxadas (beliscadas) utilizado nos cravos originais. Bartolomeo escolheu a combinação das duas palavras – piano (leve, doce) e forte (alto, sonoro) – para enfatizar que a sua invenção era capaz de produzir tanto tons leves como fortes, conforme a intensidade aplicada em suas teclas, uma capacidade que o cravo não possuía. Apesar de se tratar de algo novo, o piano de Cristofori foi considerado bastante precário no início. No decorrer dos anos, o instrumento foi sendo aperfeiçoado e tornou-se cada vez mais comum no ocidente, assim como passou a atender às exigências do classicismo e a figurar em grandes teatros.
Em 1783, John Brodwood criou o pedal direito e o de surdina. Em 1821, Sébastien Erhard acrescentou o mecanismo que possibilita o toque repetido das mesmas teclas. Assim como o o nome do instrumento foi encurtado, passando a ser apenas “piano”, o seu formato também sofreu mudanças.
Hoje, além dos pianos verticais e de cauda, temos também o piano digital. A grande maioria dos pianos modernos possuem 88 teclas – os mais antigos possuíam 84. As teclas de cor branca representam as notas naturais, enquanto as de cor preta representam os acidentes (bemóis e sustenidos).